Ouve, é como uma melodia, ou melhor, é uma música pesada que marca muito.
Dói ouvi-la cá dentro, e toca mais o facto de nunca mais desaparecer.
É como se olhasse pra ti ao olhar-me ao espelho. Porque na verdade o que vejo não sou eu, quer dizer, sou, mas não sou eu que falo. És tu que falas mais alto que eu, muito mais.
Deixa-me, larga-me de uma vez. Eu já fiz tudo, e estou cada vez mais farta, e mais perto do meu, do nosso abismo. Sim, porque a culpa é tua, ou até das duas, mas se for tu vais acabar comigo.
Já lá vão tres anos e meio, e tu continuas aqui dentro comigo, sempre em momentos de crise.
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