' ele tinha acreditado numa coisa e depois deixou de acreditar nela. quando tentava lembrar-se daquilo em que tinha acreditado, não conseguia. a partir de certa altura começou mesmo a acreditar que não tinha acreditado em nada. saber de verdade tornara-se uma expressão vaga, e tal prespectiva, em que tudo ganhava sentido, demasiado estreita e inclinada, provocando um fenómeno comparavel em fisica a uma ilusão de óptica. a vida parecera-lhe agora irremediavelmente desfocada. '{Pedro Paixão}
adorei *
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