I used to think
I had the answers to everything,
But now I know
Life doesn't always go my way, yeah...
Feels like I'm caught in the middle
That's when I realize...
I'm not a girl,
Not yet a woman.
All I need is time,
A moment that is mine,
While I'm in between.
I'm not a girl,
There is no need to protect me.
It's time that I
Learn to face up to this on my own.
I've seen so much more than you know now,
So don't tell me to shut my eyes.
domingo, 25 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
(de madrugada)
…Chegou ao dia.
Ela: amor, hoje vai ser o último dia das nossas vidas. O último
dia de nós os dois juntos.
Ele: porque ? que queres dizer com isso?
Ela: não me faças perguntas,
depois explico-te tudo, agora alinha comigo. Finge que o mundo acaba
amanhã, não deixes nada por fazer. Finge que a partir de amanhã, eu saia da tua
vida, contra tua vontade.
Ele: nesse caso… isto é um jogo é?
Ela: sim, pode chamar-se um jogo amor. Agora va, começa.
Ele pegou na mão dela, desataram os dois a correr, e correr
sem direcção. Depois, ele levo-a a ver o mar, a ver o amanhecer. Quando o dia
acordou, tomaram o pequeno almoço juntos sobre a manta em que tinham passado a
noite enrolados. Perto de um café de praia,
ele arranja-lhe uma tosta quente e café, ela estava congelada. Ele agarrou-a e
aconchegou-a para que ela não tivesse frio,
ela partilhou o pequeno almoço, para lhe matar a fome. Do nada fez-se
silencio. Olharam-se com o efeito inédito de filme, pronto para o beijo, mas
não, não o deram.
A tarde, continuaram a passear, sempre de mãos dadas, aos
abraços, ás voltas e rodas. Enquanto ao mesmo tempo tudo ia sendo registado com
fotografias de polaroid.
Ele comprou-lhe um gelado, e ela para variar sujou-se com
ele. Ele riu e riu a gargalhada, pois acontecia sempre o mesmo. Ela tinha
acabado de sujar a sua camisola preferida, estava furiosa. Ele despiu a sua, e
deu-lha. Ela agarrou-se e enrolou-se nesse perfume.
Ficaram depois no jardim sentados, a ouvir o barulho do
vento, dos pássaros…e enquanto ela estava deitada ao seu colo, e ele lhe fazia
festas na cara, ela adormeceu. Quando acordou, acordou no sofá de casa dele,
com tudo apagado, menos uma luz ao fundo do corredor.
Seguiu essa luz, e foi dar ao quarto. Dentro do quarto,
estava o quarto cheio de velas de cheiro a baunilha como ela adorava, e em cima
do tapete, uma mesa baixa, com o seu jantar preferido, as suas sobremesas
favoritas, e uma rosa branca. Não branca no sentido de pazes, mas porque ela as
achava as mais lindas de todas.
Depois do jantar, sentaram-se enrolados na manta da
madrugada a ver um filme no sofá.
De manha, ela enrosca-se a ele, em concha, passa-lhe a mão
na cara, e beija-o finalmente, mas na bochecha.
Levanta-se, faz o que tem a fazer, e com cuidado para não o
acordar, vai embora.
Ele acordou, virou-se para a abraçar com força, mas ela não
estava la. Ligou as luzes, e a volta de
todo o seu quarto, estavam espalhadas e penduradas as fotografias todas da
polaroid, do dia anterior, e debaixo de uma deles de manhã ao pequeno almoço,
uma com uma carta que dizia:
“Bom dia amor, ontem foi o último dia do nosso sempre. O nosso último dia juntos. Sim, sei que te
perguntas porquê digo isto, se tanto nos amamos. O que se passa amor, é o
seguinte, vezes sem conta, eu tentei chamar-te a atenção do quanto só e perdida
me sentia, do quão desvalorizada e esquecida por vezes tu me fazias fazer. Sabes
que o amor só morre, quando algo nele morre, e para mim, o encanto que eu tinha
sobre ti, vi-o ir morrendo aos poucos. Eu sei que ainda gostas de mim, sei que
ainda me amas, mas tudo o que morre, morre e fica esquecido com o tempo. E assim
tu fizeste, em vez de ouvires as minhas palavras, foste esquecendo, e deixando
de dar valor ou importância. Eu também te amo, muito. Mas hoje acabou. Ontem,
tudo o que fizeste por mim, tu pensavas que estavas a faze-lo como forma de
fazer as pazes e desculpar por as asneiras de que tanto me queixo, enquanto eu
amor, estava a viver os nossos primeiros
dias, como um dia normal que eram sempre assim. E nem esforços tínhamos de
fazer por eles.
Sinto a tua falta, e vou sentir. Não penses que é por fugir
que te esqueço, e não me chamas de fraca por fugir, fujo porque tenho medo de
mim, e daquilo que me posso vir a tornar se me desiludir mais com as minhas
desilusões.
Vemo-nos noutra vida.
Um
beijo”
Ele revolta-se, sente-se magoado, começa a chorar e mandar
tudo de um lado pro outro, quando no meio da confusão, debaixo da almofada,
estava a camisola dela suja de gelado.
Não foi sem querer. Ele sabia que ela a tinha deixado para
que ele se lembrasse da cara de furiosa dela enquanto ele ria por uma coisa que
estava sempre a acontecer, e o fazia sentir como se ela fosse a menina dele, de
que ele tinha de tomar conta.
(ela, levou a camisola dele, e todos os dias adormeceu enrolada
nela. Ele, nunca lavou a camisola, e pendurou-a na parece do seu quarto com a fotografia correspondente do
acontecimento. As alianças, foram postas em caixas, o contacto apagado, e no
coração, um “até logo meu amor”)
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