sexta-feira, 10 de junho de 2011


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cheguei e vi tudo à minha volta, como folhas de um livro à solta. um livro, uma biblía. uma grande biblía confusa, longa, e controversa, inacabada. nada em nenhuma parte daquela disposição naquele quarto tinha sido preparada ou planeada a rigor.
aconteceu. não sei se porque sim, se por acaso.
-à minha esquerda, numa janela entre aberta com cortinas de flores a esvoaçar, e pequenos polens guardados como pó, como um pó alérgico, no parapeito da janela, à espera de atacar alguém com o seu poder irritante. no fundo, o mesmo poder que tiveras em mim.
-à direita umma escravaninha velha, coberta por uma antiga toalha de renda e com inconfundiveis trapos de roupa que por lá iamos deixando cair e mais uma vez ficavam desarrumados e esquecidos.
-atrás de mim, fotografia, retratos, cartas, e um espelho de tão grande forma que não me permitia fugir ou tentar escapar da saudade, da angústia, da paixão que nele se reflectia.
era tudo incomodativo, mas o pior, é que ao mesmo tempo eu queria que assim fosse, mesmo que falha-se à promessa que fizera às lágrimas que diziam estar secas, fracas e gastas.
dei uma volta e fechei os olhos. quando abri, restava apenas olhar ao que tinha à minha frente: uma cama gasta, de lençóis amarrotados, com as nossas silhuetas, o nosso perfume entrelaçado, e as marcas de batom que nunca chegaram a sair dali.
fechei a porta e pela última vez, exclamei ao meu ego, "sweet dreams, my lover" .

{02-04-2011}

domingo, 5 de junho de 2011



{Hours Film}

sábado, 4 de junho de 2011

" - três dias inteirinhos comigo, o que é que queres mais?
- o resto da vida . "




{04,06,2011}