segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

nao por fora, por dentro

mostras.te.me as mãos limpas e suaves, banais. vinhas em pedido de ajuda, mas foste quem me levou a alma. o vento dançou em pequenos rodopios contigo e com o que era meu,por entre aquela montanha florida e primaveril. estava chuva mas isso nao te prendeu. a unica presa fui eu. o teu ultimo beijo faz.me lembrar a rosa espigosa naquele deserto negro. o teu ultimo abraço foi como agarrar o tempo, imperduavel e fugitivo. cantigas de embalar nao era o que não me deixavam dormir, mas sim os sonhos que me roubavas. sou dona de mim, com ou sem o que me limitas.te a ter. a tua palavra nao era marcada, era doentia, louca, traçada, só. eu vivia num segundo, e em meses vivi o mundo. numa noite esqueci aquele aroma, os nossos corpos, o nosso choro, um beijo divino, aquele suspiro, aquele prazer, aaquele...adeus?
vivo um sonho acordado, lembrado numa folha de papel com um traço de caneta, escondido na parede por tras daquela garrafa cansada, e velha, uma garrafa de poeta.
fui passear por a montanha, e para variar a chuva dos meus olhos burrou o arco-iris e fiquei com o vestido molhado aos bocadinhos, a preto e branco, da cor que se desfez com aquele ridiculo choro. fiquei ali até a noite, e fiquei ali esquecida.

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