terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cartas na mesa

Um dia sonhei que encontrei uma sala estranha, como nos filmes, vazia, sem ninguém. Como é óbvio achei estranho e medronho. Do nada cartas são jogadas para uma mesa que lá estava, coberta por um pano de veludo vermelho escuro, suave e brilhante. Acenderam-se velas à minha volta, e um incenso aromático que mudava consuante o ambiente criado.
Derrepente, as cartas mexem-se na mesa, em todos os sentido. Eram cartas de Tarot, aquelas que 'nos indicam o futuro'.
A pouco e pouco, cada uma a sua vez se virava, não conseguia velas, não sabia o que me destinava. No fim, restavam apenas já duas cartas, enquanto espreitava uma delas, a última carta, que dizia o fim planeado do meu destino desapareceu.
Andei as voltas, procurei-a. mas nada a carta tinha desaparecido. Então quando menos esperava a sala anda a roda e tudo o que lá aparecera desaparecera novamente.
Ao virar-me para sair daquela divisão, encontrei a carta, e quando a virei estava branca, sem plano algum e voltou a desaparecer nas minhas mãos.
"O teu destino és tu que o fazes, não penses que está programado porque és tu que o formas, que o crias e improvisas". Ouvi ao fundo. Fechei a porta e sai daquela sala.
Quando acordei e abri os olhos, soube que aquela carta estava e esteve sempre nas minhas mãos, mas que sempre até ao último dia, ficará branca como um vazio.

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